Papa: agredir os fracos, uma das marcas do pecado original

O Papa Francisco retomou as Missas na Capela da Casa Santa Marta nesta segunda-feira, 8, após a pausa pelas festas de Natal. Inspirando sua homilia na Primeira Leitura do dia, que narra a história dos pais do Profeta Samuel – Elcana e Ana – ele refletiu sobre o comportamento do ser humano de agredir os mais fracos, pedindo a graça da compaixão.
O Santo Padre explicou que Elcana tinha duas mulheres: Ana, que era estéril, e Penina, que tinha filhos. Penina não perdia a ocasião para humilhar e maltratar Ana, recordando constantemente sua esterilidade. Ele lembrou que em outras páginas da Bíblia acontece a mesma coisa.
“Eu me pergunto: o que existe dentro destas pessoas? O que existe dentro de nós, que nos leva a desprezar, a maltratar, a ridicularizar os mais fracos? Compreende-se que alguém se ofenda com quem é mais forte, pode ser a inveja que te leva. Mas e os mais fracos? O que existe dentro que nos leva? É algo que é corriqueiro, como se eu tivesse a necessidade de desprezar o outro para me sentir seguro. Como uma necessidade”, disse o Papa.
Ele observou que também as crianças possuem esse comportamento, visto principalmente nas escolas com o fenômeno do bullying. “Isto significa que existe algo dentro de nós que nos leva a isto, à agressão dos fracos. Acredito que seja uma das marcas do pecado original (...) Isto é obra de satanás. Em satanás, de fato, não existe compaixão”.
Segundo Francisco, assim como se reconhece a inspiração do Espírito Santo no desejo de realizar uma obra de caridade, não há dúvidas quando existe o desejo de agredir alguém porque é fraco: “o diabo está ali. Porque isto é obra do diabo, agredir o fraco”.
“Peçamos ao Senhor que nos dê a graça da compaixão: esta é de Deus. Ele que tem compaixão de nós e nos ajuda a caminhar”, concluiu o Papa.
Fonte: Amex, com Rádio Vaticano
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