Pablo Enrico Garcia– “Maria está sempre presente à cabeceira dos seus filhos que deixam este mundo. Se alguém se encontra sozinho e abandonado, Ela é Mãe, está ali perto, tal como estava próxima do seu Filho quando todos o tinham abandonado.” [1] Com essas palavras do Papa Francisco continuamos nosso caminho para a conquista dos símbolos do Santuário, recordando hoje a CRUZ DA UNIDADE, símbolo com diversos significados e uma bonita história do atuar de Deus.

A história da Cruz começa com um grupo de seminaristas, da América Latina, que ao buscar o seu ideal de curso, perceberam a essência da identidade sacerdotal: um Cristo da Unidade, o Cristo dos Vínculos. A partir dessa ideia, buscaram construir um símbolo que pudesse representar o “Cristo, em sua união com o Pai e o Espírito Santo, assim como em sua singular vinculação a Maria e, nela, a vinculação aos homens, a todos os redimidos de todos os tempos. Tudo isso deveria estar representado em uma cruz.” [2]. Em 1960, o seminarista venezuelano Angel Cerró, constitui essa cruz “que mostra com claridade a biunidade de Cristo e Maria, ao que se agrega o símbolo do Olho do Pai acima da cabeça de Jesus em representação a Deus Pai” [2]. E nesse momento, nos deparamos com a primeira curiosidade sobre a Cruz, o Espírito Santo também deveria ser representado, porém por impossibilidades técnicas essa representação não ocorreu inicialmente.

A inspiração para a Cruz da Unidade veio de uma cruz de origem beneditina, que estava na Abadia de Maria Laach, na Alemanha:

Com a Cruz pronta, o primeiro a se ordenar e celebrar a Missa no Santuário de Bellavista (Santiago, Chile), deveria colocar a Cruz no altar em ação de graças.

Em dezembro de 1960, o Padre Humberto Anwandter é o primeiro do curso a celebrar a Eucaristia no Santuário, e lá coloca a Cruz de seu curso. “A cruz estava em cima do altar, no meio de uma Família de Schoenstatt que, naquele momento, estava desunida. Quem realmente vive a missão do Fundador? Perguntavam-se. Censuras recíprocas geravam também desconfiança fora da Família de Schoenstatt. O futuro do Movimento estava em jogo. Mesmo com todas estas dificuldades, por obra da graça, ao redor desta nova cruz, o início da reconciliação da Família de Schoenstatt, em Bellavista. Os corações inseguros começaram a se abrir. Ocorreu um milagre da unidade. A cruz se converteu em CRUZ DA UNIDADE, e a partir deste momento, trouxe consigo para todo o mundo bênçãos de unidade entre Deus e os homens” [2].

Inspirados na Cruz da Unidade, que uniu uma Família de Schoenstatt dividida, que neste ano jubilar, possamos ser exemplo para o mundo de uma união centrada em Cristo.

__________

[1] FRANCISCO. AUDIÊNCIA GERAL Biblioteca do Palácio Apostólico Quarta-feira, 24 de março de 2021. Vaticano: Libreria Editrice Vaticana, 2021.

[2] POLLAK, Gertrud. Kreuz der Einheit – Ein Zeichen der Sendung Schönstatts. Schoenstatt: Nueva Patris, 2014. Tradução do Alemão-Espanhol: Roberto Bernet Tradução do Espanhol-Português: Gustavo Hanna Crespo.