Karen Bueno/Ir M Rosequiel Fávero – A maioria dos Santuários Filiais de Schoenstatt possui uma talha (ou ânfora), esta peça que parece um jarro e fica na frente do altar, na parte central. Ao longo do mês ela vai se enchendo com papeis e bilhetes colocados por muitas pessoas que visitam a Mãe e Rainha Três Vezes Admirável de Schoenstatt.

O que significa este símbolo?

Este símbolo remete à leitura bíblica das Bodas de Caná, quando Jesus transforma a água em vinho: “Ora, achavam-se ali seis talhas de pedra para as purificações dos judeus, que continham cada qual duas ou três medidas. Jesus ordena-lhes: ‘Enchei as talhas de água’. Eles encheram-nas até em cima” (Jo 2, 1-11).

Qual a relação da talha com o Santuário?

Assim como a água é essencial para os seres vivos, o Capital de Graças é alimento para a vida espiritual de Schoenstatt. O Capital de Graças reúne as ofertas pessoais de todos que entregam seus sacrifícios e alegrias, especialmente de autoeducação, daqueles que desejam ser um santo do dia a dia.

Essas ofertas pessoais ao Capital de Graças, quando unidas ao sacrifício de Cristo, têm um imenso valor. Aquilo que colocamos na talha são os presentes de amor entregues ao Capital de Graças de Nossa Senhora, a fim de que ela os distribua àqueles que necessitam. Capital de Graças é o nome dado ao “tesouro” que a Mãe distribui a partir do Santuário.

O que são os bilhetes e papéis colocados na talha?

Ao longo do mês, os membros do Movimento de Schoenstatt vão anotando suas contribuições ao Capital de Graças em cadernetas ou papéis avulsos, para controlar o crescimento espiritual. Esses papéis, que registram o esforço de cada um por uma vida de santidade, são então entregues na talha.

À exemplo do que aconteceu em Caná, os dons imperfeitos de cada um são unidos aos dons perfeitos de Cristo para que o milagre aconteça: Jesus transforma a água das nossas ofertas em bom vinho e a Mãe e Rainha o distribui do Santuário.

Geralmente, quando chega o dia 18, esses papéis são queimados na Taça de José Engling, como símbolo de os todos os sacrifícios elevados ao céu.

Por que alguns dizem ‘talha’ e outros ânfora?

Os dois nomes estão corretos e podem ser usados.

A palavra talha se refere diretamente ao texto do evangelho de São João nas Bodas de Caná (no início deste texto). Normalmente são jarros de barro sem alças, com ou sem tampa. Ainda hoje as talhas são muito usadas no armazenamento do vinho ou como filtros de água.

A palavra Ânfora remete a um vaso grego (muito usado como peça de ornamentação), geralmente em barro, com duas alças. Este é um estilo de vaso muito usado nos Santuários de Schoenstatt, assim que muitas pessoas falam da ‘ânfora do Capital de Graças’.

Fonte: schoenstatt.org.br