PROCESSO DE BEATIFICAÇÃO

“Vós sois chamados a participar da graça que vosso Fundador recebeu e a colocá-la a disposição de toda a Igreja.”
São João Paulo II

O processo de beatificação do Pe. José Kentenich teve início em 10 de fevereiro de 1975, na Diocese de Treves/Alemanha.

O trabalho reuniu uma grande quantidade de testemunhos sobre sua fama de santidade. Milhares de pessoas, de quase 100 países nos cinco continentes, recorrem à sua intercessão e se orientam por seu exemplo de vida. Os numerosos escritos publicados foram examinados por quatro especialistas em teologia, eles nada encontraram contra os dogmas de fé e a lei moral da Igreja. Mais de cem pessoas foram interrogadas sobre as recordações e vivências que tiveram no contato direto com o Pe. Kentenich, em muitos casos, durante dezenas de anos. E deram o seu testemunho, apresentando suas declarações ante o tribunal eclesiástico. As testemunhas podiam manifestar-se a favor ou contra, fazer suas objeções, apresentar documentos, etc.

Nos últimos anos, o trabalho se concentrou na avaliação de seus escritos não publicados: cartas particulares, documentos pessoais, conferências e retiros não editados etc. feita por uma comissão de peritos em história da Igreja e em arquivos, designada para essa tarefa. A enorme quantidade destes escritos demandou muito tempo e energia. Foi requerido documentação em mais de 110 arquivos eclesiásticos e civis.

Tanto para os arquivos como para os testemunhos, tomou- se em consideração os lugares onde
Pe. Kentenich viveu ou desenvolveu suas atividades pastorais: Alemanha, Suíça, Estados Unidos, Brasil, Chile, Argentina, Uruguai e África do Sul.

Desde o dia três de maio de 2022 o processo foi temporariamente suspenso – não encerrado – pelo bispo de Treves, Dom Stefan Ackermann que convidou a uma investigação mais aprofundada para esclarecer as alegações que foram recentemente divulgadas.

Esta decisão abre caminhos novos e possibilidades de buscar, comparar diferentes documentos, buscar dialogar com outras ciências, de forma livre e transparente, para conhecermos melhor a personalidade do Fundador da Família de Schoenstatt. Quando as comissões científicas concluírem sua tarefa, e uma vez esclarecidas as atuais acusações, a sua Causa de beatificação poderá avançar para a finalização da etapa diocesana do processo.
Em seguida, vem a etapa definitiva em Roma.

É necessário, também, um milagre comprovado para a beatificação e ninguém pode “organizar” um milagre. Pode somente implorá-lo.

“A suspensão do processo de beatificação não significa um julgamento negativo sobre o trabalho mundial de todos aqueles que estão engajados nos vários grupos e institutos do Movimento de Schoenstatt”, afirma Ackermann.

Neste sentido, continuamos a trabalhar com renovada motivação e esperança, empenhando-nos a fim de dar a conhecer à Igreja do nosso tempo a vida e o carisma do Padre Kentenich.

 

Processo de Canonização de Irmã Emilie Engel

Ir. M. Emilie nasceu no dia 6 de fevereiro de 1893, em Husten, Kreiss Alpe, Alemanha. E faleceu em Metternich, no dia 20 de novembro de 1955.

O seu processo de canonização foi aberto em 12 de outubro de 1999 e, aprovado pela Diocese de Treves, seguiu para Roma. Após os especialistas analisarem sua forma de vida, constataram que ela viveu as virtudes da fé, da esperança e da caridade de modo que só uma alma inteiramente aberta para o Espírito Santo pode fazer com tanto heroísmo. No dia 10 de maio de 2012, o Papa Bento XVI reconheceu a constatação dos peritos, declarando-a digna de veneração por toda a Igreja e, atualmente, aguarda-se somente a comprovação de um milagre, para que ela seja beatificada. Sobre ela o próprio Padre José Kentenich disse: “Ir. Emilie foi uma filha da Divina Providência dos pés à cabeça”. Sua vida de fé, de resignação no sofrimento e de entrega aos planos de Deus é resposta para o homem moderno, marcado pelo medo e a insegurança.  Em nossas dificuldades recorramos a sua intercessão e empenhemos para que ela seja elevada a honra dos altares.