O Papa Francisco nos convida a colocarmos a caminho, não como turistas ou andarilhos, mas como peregrinos. O Jubileu de 2025 surge como mais uma oportunidade de conscientizar-nos cada vez mais de que a fé é uma peregrinação e que nós, nesta terra, somos peregrinos rumo ao céu ao encontro do abraço misericordioso de Deus Pai.

A jornada muitas vezes é dura, principalmente quando consideramos as lutas do cenário que enfrentamos na sociedade atual. É natural que nos sentimos fatigados, entretanto, sendo filhos de Deus pelo Batismo, não é por acaso que o chamado do Papa Francisco é um convite a marcarmos nossa jornada contrapondo as correntes negativas dos dias de hoje. Nos dias de hoje, é nosso testemunho que deixamos ao caminharmos pela vida como peregrinos da esperança.

Como devotos da Mãe, Rainha e Vencedora Três Vezes Admirável de Schoenstatt, fazemos essa experiência de peregrinação em sua companhia. Sua presença em nossa vida e na de nossa família é um sinal de esperança, uma luz que nos indica a direção e nos conduz ao encontro de Cristo. Abrigados em seu coração maternal, nosso coração se abre para a graça da Redenção.

Somos um povo peregrino! Nas estradas do mundo nos deparamos com desafios, alegrias, desencontros e conquistas… em meio a realidade diária encontramos força e esperança na ternura e no cuidado da Mãe. A experiencia da presença de Maria na Igreja e em nossa família nos revela a feliz realidade:

“Não somos órfãos: temos uma mãe no céu, que é a Santa Mãe de Deus. Porque nos ensina a virtude da esperança, até quando tudo parece sem sentido: ela permanece sempre confiante no mistério de Deus, até quando Ele parece desaparecer por culpa do mal do mundo. Que nos momentos de dificuldade, Maria, a Mãe que Jesus ofereceu a todos nós, possa sempre amparar os nossos passos e dizer ao nosso coração: “Levanta-te! Olha em frente, olha para o horizonte”, porque Ela é Mãe de esperança. (Catequese Papa Francisco, 03.05.2017)

Maria, Mãe da esperança

“A esperança encontra, na Mãe de Deus, a sua testemunha mais elevada. N’Ela vemos como a esperança não é um efémero otimismo, mas dom de graça no realismo da vida.” (Spes non confundit, nº24)

Nela se encarnou aquele que é nossa única ESPERANÇA: Jesus Cristo. E, assim, Ele a fez portadora da esperança para seu povo e para a história. Ela mesma cresceu na esperança porque acreditou e experimentou que Deus é infinitamente misericordioso, infinitamente forte e absolutamente fiel.

Maria “é, para o santo Povo de Deus, ‘sinal de esperança segura e de consolo’” (Spes non confundit, nº24), assim como o Pe. José Kentenich nos conta nesta história:

“Aconteceu há longo tempo. Um sacerdote, aqui na América, perdeu-se, em meio à escuridão de uma selva imensa. Havia anoitecido; ele perdera o caminho, o rumo; olhava para direita, para a esquerda, para frente e para trás – e não divisava nenhuma casa. Sentiu-se perdido na escuridão e não sabia mais o que fazer. Como acontece com todo católico autêntico, recorreu a Mãe de Deus e lhe fez um pedido insistente: Deves me indicar o rumo; faze brilhar uma luzinha, a fim de que eu encontre o caminho que me possa salvar deste perigo de vida.

Não demorou muito, olhando à direita, viu acender-se uma luzinha, há cerca, de uma hora de distância. Recuperou a tranquilidade. Seguiu em direção à luz. Encontrou uma casa, bateu à porta. Aquelas pessoas pareciam estar a esperá-lo.

O sacerdote contou-lhes o que havia ocorrido. A mãe, que havia aberto a porta – que lhe contou? Uma ocorrência inédita! Sua filhinha dormia com a mãe. De repente acordou, chamou a mãe e lhe pediu: “Mãe, a mulher, a grande mulher, que acabo de ver em sonho, pediu que acendesse uma luzinha” – “Sim”, respondeu a mãe. – Imaginei que minha filha estivesse sonhando; por isto, não atendi o pedido; voltei-me para o outro lado e tomei a adormecer. Recomendei também à filha: Dorme tu também, filha. Passado pouco tempo, a criança novamente acordou, insistindo: “De novo, mãe, a grande senhora não me deixa sossegada; tens que acender uma luzinha, deves acendê-la.” “Sim”, – respondeu a mãe; – “e para tranquilizar a criança, acendi a vela e deixei-a consumir-se toda”.

… em meio às dificuldades, a Mãe de Deus tem de me ajudar. Como Ela o ajudou? Para os três era evidente – mesmo em se tratando de um sonho – que a grande senhora era a Mãe de Deus.” (A mais bela das Mães, 20 de maio de 1962)

 Maria abre os corações para a graça

Neste Ano Santo, o Santuário da Mãe, Rainha e Vencedora Três Vezes Admirável de Schoenstatt de Atibaia/SP, é um lugar de Indulgência Plenária.

A Mãe e Rainha abre nosso coração para a graça. A visita ao seu Santuário, lugar de peregrinação, nos proporciona a um profundo encontro com Cristo, uma oportunidade de abrir o nosso coração para a graça de Deus, de permitir que Ele transforme nossa vida e acenda em nós a luz da esperança.

Em cada visita, a Mãe e Rainha nos convida a fazer uma pausa, em meio a agitação e correria da vida, para termos tempo para a oração pessoal, mas também nos chama a refletir sobre nossa própria vida e acolher o chamado a conversão, que nos conecta com Deus. É um caminho de volta à fonte, onde reconhecemos nossas limitações, pedimos perdão pelos nossos erros e renovamos nossa aliança batismal.

Neste tempo especial do jubileu 2025, a Igreja concede aos fiéis a graça de experimentar de forma mais intensa a misericórdia divina e buscar a reconciliação com Deus. Uma das formas com a qual a Igreja nos ajuda a percorrer este caminho é através da indulgência plenária.

O dom da Indulgência

“Permite-nos descobrir como é ilimitada a misericórdia de Deus. Não é por acaso que, na antiguidade, o termo “misericórdia” era substituível por “indulgência”, precisamente porque pretende exprimir a plenitude do perdão de Deus que não conhece limites” (Spes non confundit, 23)

O que é a indulgência plenária?

Imagine que você tenha uma dívida. Ao pagar essa dívida, você está livre para seguir em frente. A indulgência plenária funciona de maneira similar, mas em um sentido espiritual. Ela é como um perdão especial que a Igreja concede, liberando-nos da pena temporal devida aos nossos pecados. Pena temporal significa as consequências do pecado que ainda precisam ser purificadas, mesmo após o perdão dos pecados na confissão.

 Como obter a indulgência plenária no Ano Santo?

Todos os fiéis verdadeiramente arrependidos, excluindo qualquer apego ao pecado, que forem movidos por um espírito de caridade e que, no decurso do Ano Santo, purificados pelo sacramento da penitência e revigorados pela Sagrada Comunhão, rezarem segundo as intenções do Sumo Pontífice, estes poderão obter, do tesouro da Igreja, pleníssima Indulgência, remissão e perdão dos seus pecados, que se pode aplicar às almas do Purgatório sob a forma de sufrágio. (Sobre Concessão da Indulgência durante o Jubileu Ordinário do Ano 2025 em Spes non confundit)

Em resumo:

  1. Receber o sacramento da Reconciliação (Confissão).
  2. Participar da Santa Missa e comungar.
  3. Rezar nas intenções do Papa.
  4. Realizar uma peregrinação:
  • a uma das quatro basílicas Papais em Roma;
  • a Terra Santa;
  • a uma Igreja, catedral ou Santuário designados como lugares santos na diocese;
  • Do mesmo modo, os fiéis poderão obter a Indulgência jubilar se se deslocarem para visitar os irmãos que se encontrarem em necessidade ou dificuldade (doentes, presos, idosos em solidão, pessoas com alguma deficiência…), fazendo como que uma peregrinação em direção a Cristo presente neles (cf. Mt 25, 34-36) e cumprindo as habituais condições espirituais, sacramentais e de oração. (Sobre Concessão da Indulgência durante o Jubileu Ordinário do Ano 2025)

A indulgência jubilar é um presente de Deus para todos aqueles que buscam se aproximar d’Ele. Desta forma os idosos, enfermos, presos e todos que estiverem impossibilitados de participar nas celebrações solenes e peregrinações receberão a Indulgência jubilar nas mesmas condições, se unidos em espírito aos fiéis presentes, sobretudo nos momentos em que as palavras do Sumo Pontífice ou dos Bispos diocesanos forem transmitidas através dos meios de comunicação, recitarem o Pai-Nosso, a Profissão de Fé, oferecendo os seus sofrimentos ou as dificuldades da sua vida. (cf. Concessão da Indulgência durante o Jubileu Ordinário do Ano 2025)

 Um ano especial

O Ano Santo 2025 reveste-se de um significado especial, pois nos proporciona a oportunidade de obter a indulgência plenária e vivenciar a graça da redenção. Que estejamos abertos para vivenciar as maravilhas que Deus tem reservado para nós.

Confiamos a Maria, luz de Esperança, você, sua família e toda a Igreja!

Oração Jubileu 2025

Pai que estás nos céus,
 que nos deste no
teu filho Jesus Cristo, nosso irmão,
e a chama de caridade
derramada nos nossos corações pelo Espírito Santo
despertem em nós a bem-aventurada esperança
para a vinda do teu Reino.
A tua graça nos transforme
em cultivadores diligentes das sementes do Evangelho
que fermentem a humanidade e o cosmos,
na espera confiante
dos novos céus e da nova terra,
quando, vencidas as potências do Mal,
se manifestar para sempre a tua glória.
A graça do Jubileu
reavive em nós, Peregrinos de Esperança,
o desejo dos bens celestes
e derrame sobre o mundo inteiro
a alegria e a paz
do nosso Redentor.
A ti, Deus bendito na eternidade,
louvor e glória pelos séculos dos séculos.
Amém. (Papa Francisco, Oração do Jubileu 2025)