Ir. M. Nilza P. da Silva – A Presidência Nacional da Obra de Schoenstatt no Brasil reuniu-se nos dias 14 e 15 de junho, junto ao Santuário da Mãe e Rainha, Tabor da Permanente Presença do Pai, em Atibaia/SP.

Pe. Vandemir Meister, Presidente desse agrupamento, conta que a participação dos membros se deu de modo presencial e virtual, “devido às enchentes, no Rio Grande do Sul, e por motivos de saúde. Sete pessoas participaram de modo presencial e seis pessoas de modo online.” Ele explica também que além desse encontro presencial, a Presidência, nos últimos anos, tem também “reuniões online, quando trata de temas que surgem durante o ano e estão fora da pauta da reunião presencial.”

Todo o Brasil presente

Além dos representantes das comunidades (Institutos e Uniões), participam no encontro também o Diretor Nacional do Movimento, Pe. Antonio Bracht, e uma Assistente das Irmãs Assessoras do Movimento. Nesta, esteve a Ir. M. Diná Batista de Souza. Romulo Romanato, coordenador territorial da União de Famílias, esclarece: “Como em nosso encontro estão todos os representantes da Família de Schoenstatt no Brasil, as correntes de vida e as dores são partilhadas, de forma que a Presidência experimente a realidade de nossas comunidades e dos Ramos do Movimento. Isso significa: A vida vivida de nosso povo schoenstattiano, com suas lutas, sofrimentos e alegrias. Com isso fazemos as reflexões, que são alentos para nossas realidades e correção de rumos, sempre no sentido de estarmos ‘com os ouvidos no coração de Deus e a mão no pulso do tempo,’ como ensina Pe. José Kentenich”.

Em espírito sinodal

Ir. M. Diná lembra a explicação do Papa Francisco: “A sinodalidade expressa a natureza da Igreja, a sua forma, o seu estilo, a sua missão,”[1] e reflete:  “Quando penso que faz parte do espírito sinodal o espírito de escuta mútua, de reflexão conjunta, de busca desinteressada de um consenso, é perceptível a vivência desses valores na reunião anual da Presidência Nacional. Vivenciamos a partilha da vida da Comunidades – Instituto, União e Liga. Iniciamos e encerramos o dia com a oração em comum e a santa Missa no Santuário. Trabalhamos a pauta num acentuado espírito de diálogo. Procuramos juntos caminhos de ação apostólica ou de organização. A vivência essencial é sempre a experiência de ser Família do Pai, todos unidos no empenho em aprofundar e anunciar o carisma.”

Sobre o que eles falaram?

Cada um de nós pode imaginar que não seja tarefa fácil fazer a pauta desse encontro anual e discernir, com a ajuda do Espírito Santo, quais são as vozes de Deus. Pe. Vandemir apresenta alguns dos temas tratados. Além da partilha das Comunidades, “é apresentado um relatório, pelo Diretor da Central Nacional de Assessores do Movimento, sobre as atividades dos distintos regionais do Brasil. Ele pontua os principais acontecimentos, as decisões e os desafios da Central Nacional. Há uma solidariedade, uma parceria mútua, entre a Presidência Nacional e a Central Nacional, no sentido de, a partir de outro âmbito, acompanhar, subsidiariamente, essa vida que se desenvolve na Família de Schoenstatt das cidades, nos distintos Regionais.”

O padre partilha que outros temas presentes são “o relatório da Secretaria de Pastoral, João Luiz Pozzobom, com o tema da sua beatificação,” o prazo da nomeação do Diretor Nacional do Movimento, que foi definido “por seis anos, podendo ser reconduzido (por mais seis anos), em função do Estatuto da Presidência Internacional, no qual consta que a nomeação dos diretores nacionais correspondem a seis anos, podendo ser reconduzido.” Ele diz que a maior parte do tempo, nesse último encontro, foi ocupado justamente com a análise dos Estatutos Internacional e Nacional da Obra de Schoenstatt, por exemplo, “a constituição da Liga, a distinção entre os membros, os colaboradores, os peregrinos.”

Presidência Internacional e Nacional, em sintonia

O Pe. Vandemir explica que na organização confederativa do governo da Obra Internacional de Schoenstatt, embora cada país tenha muita liberdade em suas decisões e correntes de vida, há uma “relação da Presidência Nacional com a Presidência Internacional, que dá a orientação geral para toda a Família de Schoenstatt.” O vínculo também se dá porque “na Presidência Internacional, que tem um Estatuto, estão representados todos os Institutos e Uniões a nível internacional.  A Presidência Nacional do Brasil, também tem estatuto, que é em dependência do estatuto da Presidência Internacional.

A Presidência Nacional acompanha a vida do Movimento em um país. Muitas vezes, por meio do Presidente da Presidência Nacional, essa vida é transmitida para a Presidência Internacional. Esta também solicita (a opinião ou a experiência) dos países e o Presidente da Presidência Nacional busca conferir junto aos iguais, dentro da Presidência, as informações a serem enviadas.”

O que nos mantém unidos?

Você que chegou até aqui na leitura, sabe agora como, há mais de cem anos, é liderada a Obra Internacional de Schoenstatt. Com as mínimas obrigações jurídicas e a liberdade de cada pessoa, Comunidade, Ramo, local e país, o empenho pela unidade e a espiritualidade, o vínculo com o Fundador, a Mãe Três Vezes Admirável de Schoenstatt e o Santuário, precisam ser cultivados conscientemente, pois nosso elo mais forte de unidade está nesses três pontos indispensáveis da Aliança de Amor. Nossa Família de Schoenstatt permanece fiel ao Fundador e dá sua colaboração eficaz na Evangelização por uma sinodalidade centenária, na contínua escolha uns pelos outros e a consciência se sermos instrumentos nas mãos de Maria, para a renovação do mundo, a partir do Santuário.

Veja também

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O que é e qual a função da Central Nacional de Assessores

[1] https://www.vaticannews.va/pt/papa/news/2021-09/papa-francisco-encontro-diocese-roma-sinodalidade.html

Fonte: schoenstatt.org.br